Tribuna Popular destaca a importância da educação antirracista em Imperatriz
A
Tribuna Popular desta terça-feira (14), recebeu representantes de movimentos
sociais da consciência negra, Profª. Eró Cunha da Coordenação de Educação da
Igualdade Racial de Imperatriz - CEIRI, que versou sobre as ações da entidade
voltadas para a promoção da educação antirracista na cidade, com participação
da Profª Izaura Silva, do Centro de Cultura Negra Negro Cosme, do defensor
público Adriano de Oliveira, do ex-vereador Mariano Dias e da gestora Regional
de Educação de Imperatriz, Profª Orleane Santana.
A professora
Eró Cunha explicou que: “Nós estamos aqui hoje para discutir essa nossa relação
de pertencimento, pra gente lutar pelos nossos espaços de fala, lutar pelos
espaços dentro da constituição federal que é nosso por direito. Não somos
iguais, mas estamos buscando nessa casa um espaço para reivindicar nossos
direitos”.
Estiveram
presentes também os alunos do ensino médio do Centro de Ensino Governador Archer,
gestores, professores e instituições sociais. Com a crescente conscientização sobre a
necessidade de combater o racismo estrutural, a atuação da CEIRI tem sido
fundamental na construção de uma sociedade mais igualitária e justa.
“Nós
não podemos mais continuar com uma leitura histórica e cultural, a partir da
visão daquele que venceu pela força. Nós falamos em igualdade, fraternidade, em
direitos humanos, em respeito a propriedade, mas nós não podemos esquecer, isso
se deu sempre sob uma ótica daquele que domina”, disse Dr. Adriano, defensor
público.
A
CEIRI tem como objetivo principal ampliar e fortalecer a presença da temática
da igualdade racial nos currículos escolares, a fim de desconstruir
estereótipos, promover a valorização das culturas afro-brasileira e indígena, e
garantir a inserção de conteúdos que reflitam a pluralidade étnica existente no
país.
O ex-vereador
da Câmara e participante do Movimento Negro de Imperatriz, Sr. Mariano Dias, ressaltou
que: “em 2001, chegou uma sugestão de um projeto de lei para que
apresentássemos a essa casa e tornar o dia 20 de novembro o ‘Dia da Consciência
Negra em Imperatriz’. No ano seguinte, nós fizemos um movimento junto aos
professores, estudantes e pesquisadores para tornar essa lei visível na cidade,
nos bairros, nas escolas, universidades, nas empresas. Também fundamos o Centro
de Cultura Negra Negro Cosme”.
Além
disso, o trabalho da entidade também envolve a realização de atividades
extracurriculares, como palestras, seminários e oficinas, voltadas para o
público em geral, que visam fomentar o debate e a conscientização sobre a
importância da educação antirracista para a construção de uma sociedade mais
inclusiva.
“O racismo
estrutural é ainda um dos nossos piores problemas, de desigualdade social, a
falta de respeito, a perseguição e a violência contra o negro. Portanto, as
nossas bandeiras de luta continuam as mesmas de lá do começo e mais
enriquecida. O combate ao racismo estrutural, luta contra o preconceito de
qualquer ordem, não só contra o negro, mas contra qualquer pessoa e luta por
políticas públicas, principalmente para os negros e os índios que são os
principais prejudicados na nossa sociedade”, explicou Izaura Silva.