Realizada nesta manhã de sexta-feira (18), a Audiência Pública, de propositura do vereador Ricardo Seidel (PSD), sobre o descredenciamento do Espaço Terapêutico Cativar pela Unimed. Essa decisão tem causado preocupação e impacto na vida das crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) que eram atendidas no local.

A Comissão Permanente de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Gênero conduziu a audiência, presidida pelo vereador Aurélio Gomes (PT), 1º vice-presidente Roberto da Estrada do Arroz (PP), 2º vice-presidente Wanderson Manchinha (PSB), 1º secretário Berson do Posto (SDD), 2º secretário Bebé Taxista (Avante) e os suplentes Antônio Pimentel (DEM) e João Silva (MDB).

Além dos vereadores presentes, participaram representante da AFAGAI, Sra. Ester Cristina, Dr. Fábio Carvalho (Defensoria Pública), Promotora Glauce Malheiros (direitos do idoso e deficientes), Promotor Tiago de Oliveira, Gessica Hianara Cardoso (OAB-Imperatriz), Sr. Evandro Pereira (Conselho Municipal de PCD), advogado Wildevandes Araujo (representando os pais de crianças TEA) e representantes da Unimed.

A Audiência Pública teve como objetivo discutir a decisão da Unimed de descredenciar o Espaço Terapêutico Cativar, que prestava atendimento a crianças com Transtorno do Espectro Autista. Essa medida tem gerado preocupação e impacto na vida dessas crianças e suas famílias, uma vez que o local oferecia tratamentos especializados e de qualidade para o TEA.

Durante a Audiência, foram debatidos os motivos que levaram a essa decisão e a forma como isso afetou o acesso dos autistas aos serviços de terapia. O vereador Ricardo Seidel (PSD), autor da proposta da Audiência, ressaltou a importância de garantir o atendimento adequado a essas crianças e defendeu a busca por soluções que permitam a continuidade dos tratamentos.

“Estamos aqui para colocar os nossos anseios, as nossas preocupações, que é normal, estamos aqui para buscar resposta, para buscar explicações. Estamos aqui para buscar acima de tudo o direito dos nossos filhos e sabemos que esse direito existe e nada nos resta a não ser a buscar o direito, aqui na casa do povo”, ressalva Ricardo Seidel, vereador e pai de criança com TEA.

Durante a discussão, pais e familiares de crianças com autismo relataram a importância do Espaço Terapêutico Cativar em suas vidas e destacaram os avanços e melhorias observados no desenvolvimento das crianças após o atendimento. Eles demonstraram preocupação com a falta de opções de tratamento especializado após o descredenciamento.

“São 390, já chegou até 400 crianças para gente atender, então nós fomos pegos de surpresa. (...) Todo serviço que a gente solicita para a Unimed está em laudo respaldado pelo neuro, os médicos que atendem vocês são eles que dão o laudo não somos nós, a gente está ali apenas para cumprir o que vem no laudo, então é um trabalho feito em conjunto com os pais, os pais sabem que nós acolhemos, temos reuniões, rodas de conversas, estamos ali sempre para atender da melhor maneira possível”, explica Cleilton Melo, diretor do Espaço Terapêutico Cativar.

Representantes da Unimed estavam presentes na Audiência e explicaram que o descredenciamento do Espaço Terapêutico Cativar ocorreu devido a questões contratuais. Eles afirmaram estar cientes das consequências para as crianças atendidas e se comprometeram a buscar alternativas para minimizar os impactos.

Espera-se que essa discussão permita a busca de medidas que visem a garantir a continuidade do atendimento às crianças autistas e a promoção de uma saúde de qualidade para essa população tão vulnerável.