Presidente do Conselho Municipal de Educação presta esclarecimentos sobre a eleição de novos gestores escolares

A comissão eleitoral foi convocada, mas não compareceu, apesar das denúncias de irregularidades feitas por servidores

Na manhã desta terça-feira (10), o presidente do Conselho Municipal de Educação, Francisco Silvestre Filho, prestou esclarecimentos aos vereadores sobre as irregularidades apontadas por servidores da educação durante o processo de seleção dos novos gestores escolares. A convocação ocorreu após pedido do vereador Célio Henrique (PTB), motivado por diversas denúncias, incluindo a alegação de que alguns servidores estariam utilizando suas posições de direção para obter benefícios nas eleições que definem os novos gestores.

 

Francisco Silvestre afirmou que o edital de seleção foi retificado ao longo do processo eleitoral e que todos os candidatos foram submetidos à avaliação documental da comissão, conforme exigido. “Não chegou nenhuma denúncia da Câmara de Vereadores ao Conselho de Educação. Aproveito para deixar o convite aos vereadores para que visitem a sede do Conselho, que é uma instituição séria”, relatou Silvestre.

 

O vereador Carlos Hermes (PT) questionou o processo de escolha da comissão eleitoral, conforme previsto no edital, apontando a interferência direta dos gestores escolares. “A diretora escolhe os membros da comissão e, depois, pode se candidatar à eleição. Esse tipo de procedimento fere o princípio da gestão democrática e da escolha livre e soberana”, afirmou Carlos. Ele também destacou que o Conselho deve ser totalmente isento, o que, segundo ele, não ocorreu nesta eleição.

 

Por sua vez, o vereador Ricardo Seidel (PSD) fez diversas indagações sobre as documentações que Silvestre afirmou serem públicas, mas que não foram apresentadas quando solicitadas. “Acredito que essa eleição está sendo influenciada por aquilo que foi dito, mas não foi realizado, além da influência da atual Secretária Municipal de Educação. Não faz sentido realizar uma eleição dessa magnitude no fim de mandato”, disse Seidel.

 

Durante sua fala, Silvestre defendeu a transparência do processo e garantiu que os casos de irregularidades foram resolvidos com o afastamento dos envolvidos da disputa. Contudo, o presidente não apresentou documentos que comprovassem suas alegações.

 

Dada a falta de transparência no processo eleitoral e as irregularidades identificadas, os vereadores aprovaram um decreto legislativo, previsto em lei, que suspendeu os efeitos da eleição do Conselho Municipal de Educação para os novos gestores escolares. Agora, a eleição deve ocorrer na próxima gestão do prefeito-eleito, Rildo Amaral, seguindo os ritos de costumes de forma democrática, transparente e isonomica para todos os candidatos.


  • 10/12/2024
  • Departamento de Comunicação Social
  • Wallisson Santos

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