Hospital Socorrão registra superlotação de pacientes de outras cidades

Rildo Amaral diz que casa de saúde recebe “procissão de ambulâncias” de vários municípios da região

 

Imperatriz – Preocupado com o problema registrado na saúde pública em Imperatriz, a maior cidade do interior do Maranhão, o vereador Rildo de Oliveira Amaral (SDD) utilizou nessa terça-feira (21) a tribuna “Freitas Filho” para questionar sobre o funcionamento da ‘pactuação da saúde com o município de Imperatriz’.

Ele argumenta que constatou nessa segunda-feira (20) o Hospital Municipal de Imperatriz (HMI), o Socorrão, lotado de ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), porém com placas das cidades de Porto Franco, Açailândia, Balsas e de Barra do Corda, distante apenas 100 km de Presidente Dutra que dispõe de um grande hospital regional.

“A superlotação no hospital Socorrão é de pacientes de outros municípios e estados circunvizinhos, pois chegam a todo instante pacientes de Açailândia, assim como de outras cidades, sem trazer pelo menos o exame de sangue”, disse ele, que considera um absurdo que o vizinho município de Açailândia transfira para Imperatriz pacientes para tratamento de asma ou gastrite.

Rildo Amaral observa que “é grande a quantidade de pacientes de outras cidades e estados que estão sendo atendidos pelo hospital Socorrão, em Imperatriz”. Ele considera uma falta de respeito dos municípios vizinhos, que não fazem a ‘tarefa de casa’, e transferem pacientes para o Hospital Municipal de Imperatriz.

O vereador-presidente Hamilton Miranda (PSD) ressalta que “essa superlotação na saúde pública prejudica o município que deixa de investir em outros setores para complementar despesas na estrutura da saúde em Imperatriz”. “O governo do município coloca em média R$ 2,5 milhão na saúde, fora os recursos constitucionais, para não deixar pacientes morrer ou voltar da porta do hospital, como tem acontecido em outros estados”, conta.

Ele defendeu que seja adotado uma ‘atitude conjunta com os órgãos fiscalizadores’ e cobrar dos municípios atendidos pelo hospital Socorrão, caso contrário a situação ficará insustentável, devido à escassez de receita. “Nós lamentamos esse problema, embora o prefeito Madeira e a secretária de Saúde, Dra. Conceição não tenham medido esforços para não deixar acontecer o que estamos assistindo em outras regiões do país”, disse.

Superlotação – O vereador Rildo Amaral informou ainda que 80% dos leitos do hospital Socorrão chegaram a ser ocupados pelos pacientes de outras cidades das regiões do Maranhão e do Tocantins. “É um absurdo! Sei que em Davinópolis, Senador La Rocque e Campestre têm hospitais fechados, mas o básico não é tratado nesses hospitais”, concluiu. 

  • 22/10/2014
  • Fábio Barbosa/Assimp
  • Gil Carvalho