Vereadores defendem diálogo entre professores e prefeitura

O objetivo é colocar um fim na greve e retomar o período letivo desse ano

 

Imperatriz – Em audiência pública realizada nessa terça-feira (17) no plenário Léo Franklin, da Câmara Municipal de Imperatriz, o vereador Rildo de Oliveira Amaral (SDD) questionou a oferta de reajuste zero mantida pelo município aos profissionais da educação. 

 “Aqui todos entendem de contabilidade, pois a pessoa ia supermercado no ano passado comprar alimentos com uma inflação que subia 7, 10 e até 20%. Agora, em 2014, o cidadão sabe que seu ‘poder’ de compras não é igual ao do ano de 2013”, avalia. 

Ele também questionou alguns pontos apresentados pelo secretário municipal de Educação (Semed), Zesiel Ribeiro, e o controlador-geral do Município, Cândido Madeira, sobre o percentual dos 60% do Fundeb que é utilizado para custeio do pagamento de salários de professores, coordenadores e diretores de escolas. 

“Nós (vereadores e professores) gostaríamos de saber do Controlador se existe ou não alguma possibilidade de reajuste salarial, pois caso não seja possível teremos que encontrar uma forma de resolver esse problema”, propôs. 

Rildo Amaral considera um grande prejuízo para educação esse impasse que durante mais de 40 dias, sendo que o município ainda não sinalizou a possibilidade de novo diálogo e um acordo para reajustar o salário dos professores de Imperatriz. 

“Se não houver acordo, queremos sugerir que ao final de cada ano esse recurso que sobra fosse revertido em 14º salário aos professores municipais de Imperatriz, podendo ir até ao 15º salário, abrindo uma nova negociação”, sugeriu. 

O vereador Carlos Hermes Ferreira da Cruz (PCdoB) contestou a decisão de governo que participou da audiência pública simplesmente para justificar uma impossibilidade de reajuste salarial aos professores das escolas municipais de Imperatriz. 

 “Nós sabemos que os companheiros não gostariam de estar em greve, mas em sala de aula trabalhando e sendo dignamente respeitados em seus direitos, pois não tem como retornar à sala de aula sem nada”, disse. 

Ele lamentou que o governo Madeira não tenha apresentado durante audiência pública uma proposta de reajuste salarial e/ou abertura de um diálogo para dizer que não pode reajustar o percentual desejado, mas pelo menos propor um percentual de aumento salarial. 

 “Queremos propor a abertura do diálogo para uma negociação, pois não existe uma negociação sem oferecer nada aos professores”, finalizou. 

  • 19/06/2014
  • Fábio Barbosa/Assimp
  • Gil Carvalho