“Essa casa demonstra hoje que não concorda com reajuste zero”, diz Hamilton Miranda

A indicação de reajuste salarial para os professores em greve foi apresentada pela Mesa Diretora e discutida durante a sessão

Imperatriz - Durante a sessão desta terça-feira (10), com a galeria lotada de professores, que estão em greve há 36 dias, o vereador-presidente Hamilton Miranda (PSD) encaminhou ao executivo a proposta de reajuste de 5% ao professores da rede municipal. Usando a tribuna, ele demonstrou a indignação dos vereadores em relação à postura do prefeito ao conceder 0% de aumento salarial para a categoria. 

“Essa greve dos professores está se prolongando demais. Eu acho que está na hora do governo se sensibilizar e voltar a conversar com a classe. Essa casa hoje dá uma demonstração que não concorda com reajuste zero e todos os vereadores assinaram a indicação. Teríamos que ter alguma coisa. Teve inflação, está na mídia e nos jornais. Só não tem inflação pra corrigir os salários do professores?”. 

O vereador-presidente sugeriu ainda no seu discurso que os reajustes fossem discutidos em plenário: “Eu queria sugerir que o governo mandasse pra essa casa como mandou nos anos anteriores, o reajuste pra casa decidir. Professor passar o ano todinho trabalhando e levar nota zero no final, sem reajuste, nós não podemos admitir. Essa câmara não tem o poder de dar o aumento, mas nós temos a prerrogativa de fazer por meio de indicação. Que cortem em outro canto, mas não cortem na carne dos professores”. 

A votação foi aprovada por unanimidade, sugerindo ao executivo um reajuste de 12% para os professores, que comemoraram com aplausos entusiasmados. Em seguida o vereador-presidente Hamilton Miranda convidou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino em Imperatriz (Steei) Wilas de Moraes Nascimento, para usar a tribuna. 

“Estamos em greve há 36 dias. Pedimos um reajuste de 13%, unificação do vale ticket, reformulação do plano de carreira, melhorias nas condições de trabalho. O prefeito disse não, não para os trabalhadores da educação. Isso é inaceitável. Nunca na estória desse município, nem nos municípios vizinhos aconteceu uma postura dessas de um trabalhador ficar sem reposição salarial”, desabafou Nascimento.

Ainda segundo o presidente do Steei, os professores procuraram o apoio da Câmara para que fossem ouvidos pelo prefeito e parabenizou os vereadores pela atitude. 

“Protocolamos então junto ao presidente Hamilton Miranda, uma postura da Câmara, que tem o poder de fiscalizar e exigir o cumprimento da lei. Nossa data base venceu em março, é lei e precisa ser cumprida. Parabenizamos pela posição da casa em provocar o executivo com a proposta inicial de 5% e ainda pela alteração de 12% do vereador João Silva”. 

  • 11/06/2014
  • Fábio Barbosa/Assimp
  • Mari Marconccine