Ditola pede suspensão da fiscalização para trabalhadores ambulantes durante o decreto de pandemia

Ditola pede suspensão da fiscalização para trabalhadores ambulantes durante o decreto de pandemia

Em sessão mista (remota e presencial) nesta quarta, 10, o vereador Ditola apresentou indicação ao prefeito Assis Ramos requisitando que seja suspensa durante o período de pandemia de covid-19, a fiscalização de vendedores ambulantes no município, devido a necessidade deste trabalho para ganharem o sustento de suas famílias.

O vereador alega que estão sendo dois pesos e duas medidas, pois enquanto alguns são permanentemente fiscalizados, outros estão colocando estruturas e disponibilizando produtos de qualquer forma, em qualquer lugar. Pleiteia que enquanto estiver valendo o decreto da pandemia, quem venda lanches, frutas, verduras, principalmente os mais humildes, possam trabalhar com tranquilidade, sem medo, pois o momento é de se pensar em políticas para que a população mantenha o isolamento social, mas para que isso aconteça é necessário que se acabe com a truculência nas abordagens de fiscalização. “Os mais pobres já estão fragilizados, muitos passando dificuldade para colocar a comida em casa e ainda chega gente da prefeitura tratando mal quem está apenas trabalhando em busca da sobrevivência. É uma postura lamentável numa situação dessas; e ainda mentem, pois chegam nos ambulantes dizendo que foram os vereadores que mandaram suspender venda na cidade, através da Guarda Municipal que foi aprovada a pedido dessa gestão”, disse. 

Em Imperatriz são milhares que vivem da venda ambulante e estão hoje em situação de abandono e extrema vulnerabilidade. “Eles estão buscando o diálogo, e a única resposta que encontram é a violência. Precisamos que a suspensão dessa fiscalização seja feita imediatamente”. Os ambulantes estão saindo do isolamento por que não tem outra forma de sobreviver. Precisam trabalhar, por necessidade, mas sofrem esse tipo de agressão, além de terem seus produtos apreendidos.

Os vereadores entendem que a gestão quer jogar a responsabilidade do problema para cima do parlamento. Pedem cumprimento de postura, mas não obedecem as leis; não prestam contas corretamente; não respondem ofícios; agridem a legislação municipal, estadual e federal, fazem tudo por decreto; Jogam a cidade contra o parlamento, desviam a função da guarda municipal, obrigam os servidores a se voltarem contra os trabalhadores, usando de período probatório para forçar os funcionários públicos a cumprirem ordens absurdas.

De acordo com os parlamentares, a cidade precisa de muita organização, mas o mundo está vivendo um momento anormal e o que falta na verdade é bom senso por parte da gestão.

A indicação foi aprovada por unanimidade e segue para apresentação ao executivo.

  • 07/07/2020
  • Fábio Barbosa
  • Sidney Rodrigues - ASSIMP