Vereadores de Imperatriz pedem a abertura da CPI dos 43 milhões

Vereadores de Imperatriz pedem a abertura da CPI dos 43 milhões

Busca de assinaturas começou na última quinta-feira (11)

Em sessão na Câmara Municipal de Imperatriz na semana passada, a vereadora Irmã Telma (Avante), no uso da Tribuna informou que vivemos um momento de grande dificuldade devido a pandemia, mas o maior problema é ver a cidade passando por situações ainda mais difíceis graças a gestão desastrosa na administração da cidade.

Disse que as cobranças da população são diárias para todos os vereadores, sobre um fato que já foi denunciada primeiro de forma local pelo presidente José Carlos e a nível nacional pelo deputado federal Hildo Rocha, acerca de 43 milhões repassados pelo ministério da saúde. Montante esse que a administração não sabe dizer o que foi feito ou onde estão os recursos, e pediu a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, para que assim sejam investigadas as destinações desses fundos na saúde do município.

A vereadora informa que dá forma que está fica parecendo que a Câmara está sendo conivente, pois a cada dia a saúde está pior. Milhões sendo repassados para o município enquanto pessoas estão morrendo por falta de remédios básicos e sem atendimento nos postos de saúde e hospitais municipais. Pediu que todos os colegas possam assinar o pedido de CPI, pois a sociedade tem buscado esclarecimentos e o papel do vereador é esse, fiscalizar.

“Ninguém está afirmando que foi feito algo errado, o que queremos é saber o que foi feito com o dinheiro, para onde foi. Fomos escolhidos como fiscais do povo e temos a responsabilidade de saber, para dar essas informações. O dinheiro não é nosso nem do prefeito, é do povo, e a responsabilidade de dar reposta é de todos nós. Vamos mexer, correr atrás e descobrir, pois diante da situação do município na saúde, tem algo muito errado”, disse a vereadora.

Os parlamentares afirmam não verem outra saída, a não ser abrir essa CPI, já que o poder executivo não presta informações e se faz necessária a prestação de contas a população, de como os recursos foram usados, se de forma licita ou ilícita.

“Se o dinheiro foi gasto de forma correta, o prefeito agora tem a oportunidade de dizer se faz um governo transparente e honesto. Precisamos que ele mostre sua honestidade e que sejam esclarecidos esses valores. As contas nunca chegaram para serem analisadas, nem extratos para serem apreciadas pela comissão de saúde, e outras comissões competentes. Tudo recai sobre os ombros dos vereadores e queremos saber quem vendeu, quem recebeu, quem usou e para onde foram esses recursos. O próprio prefeito pediu que a polícia federal e o ministério público federal investiguem. Se ele entrar na justiça contra isso, mostra uma realidade diferente do que disse. Já que ele não quer prestar contas à Câmara, o que falta é o elo de ligação entre os poderes executivo e legislativo. Com essa CPI isto pode ser corrigido.”, finalizou Irmã Telma.

Outra CPI da saúde foi derrubada na justiça ano passado, mas de acordo com a vereadora essa está pautada e a comissão parlamentar é uma realidade.

Ficou marcada para esta terça, 16, sessão para contagem de assinaturas favoráveis e se o número alcançado estiver dentro do regimento, será instalada a CPI.

  • 16/06/2020
  • Fábio Barbosa
  • Sidney Rodrigues - ASSIMP