"O riacho Bacurí precisa urgentemente ser transformado em galeria para conter as águas de enchentes"

"O riacho Bacurí precisa urgentemente ser transformado em galeria para conter as águas de enchentes"

O presidente da Câmara Municipal José Carlos Soares (Patriota), na última quinta (12) tratou sobre a questão do inverno rigoroso e sobre os estragos que ele vem causando na cidade.

Explicou que as águas continuam passando pelos mesmos locais. Pelo Socorrão, pelo centro de convenções, pelo Sesi e por todos os lugares que sempre correu. Todos os riachos continuam nos mesmos lugares. Aterram um lugar, a água acha outro para correr, mesmo aumentando as construções e diminuindo a área que antes abrigavam os córregos. Um fenômeno provocado pelo homem. Constroem sem estudo de impacto ambiental e isso faz com que todos os que estão na parte mais baixa da cidade sofram.

“Apresentei uma emenda para que se fosse feito um trabalho no Bacurí em 1990. Se passaram 30 anos e os períodos chuvosos continuam iguais, raramente temos um inverno fraco aqui no Maranhão. É muita água, um estado rico e essa desculpa de que a natureza e o inverno forte estão castigando a cidade é balela, insensatez, infâmia. A natureza não castiga ninguém, o próprio homem é que se castiga. Levam o povo na lábia, enganam sem um projeto sério para a cidade. O mundo se modernizou, os invernos sempre existiram, mas o que não tinha antes era os celulares para filmar e as redes sociais onde as pessoas eram levadas, como cavalo de carroça com tapumes nos olhos, ou como quem come atrás da montanha, baixa a cabeça e acha que ninguém está vendo. Com as redes isso não acontece, a sociedade vê tudo e sabe o que é verdade e o que é mentira”.

Para José Carlos o Bacurí precisa imediatamente ser transformado em bolsões, ou piscinões de reserva de água para receberem toda a enxurrada da cidade. O riacho passa no meio e já recebe toda essa quantidade de chuvas do centro e de muitos bairros. Galerias de 100 metros de comprimento e 20 metros de profundidade podem resolver definitivamente essa situação de caos, fazendo a água seguir pelo canal e desaguar no rio Tocantins.

“O parque Alvorada agora recebe duas enchentes anuais, o povo sofre e não se tem estudo de impacto ambiental. Tem 20 anos que não víamos isso, o que significa que estão fazendo algo errado, mudando o caminho das águas e isso está destruindo as casa dos moradores daquela região. O problema existe e o poder público não dá respostas. Ildon fez uma galeria no Maranhão Novo, Madeira fez a Grota José de Alencar, a Dorgival, e muita drenagem nos bairros. Nesses 30 anos foi o que vi ser feito. O atual prefeito colocou manilhas em vários setores e fez muita mídia dizendo ser drenagem profunda, mas onde foi feito piorou e alagou tudo, destruindo residências e deixando o povo no sofrimento”.

O presidente finalizou dizendo que a cidade está atenta para a nova política onde todos veem o que está acontecendo e que a cidade precisa de uma gestão participativa em que o povo administre, contando os problemas e estes sendo resolvidos.

  • 08/06/2020
  • Fábio Barbosa
  • Sidney Rodrigues - ASSIMP