Vereador Carlos Hermes denuncia uso do dinheiro do FUNDEF para campanha eleitoral antecipada

O parlamentar também garantiu que a Câmara só entrará em recesso, após a votação que discute o veto dos 60% sobre os precatórios

Em sessão ordinária nesta quarta (11), no uso da Tribuna, o vereador Carlos Hermes (PCdoB) fez uma grave denúncia ao executivo, que compreende altos valores, com custos bem acima do mercado para realização de melhorias em escolas.

Falou da discussão da derrubada do veto, da lei aprovada no parlamento para garantir o rateio dos recursos de 60% dos precatórios do FUNDEF (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério), para os professores de Imperatriz, e mesmo com o parecer positivo da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) que é presidida pelo líder do governo municipal, e tendo aprovação unanime dos vereadores, o prefeito nega a legislação, desrespeita as comissões e chama o parlamento de analfabeto, vetando a lei que garante esse repasse.

Mostrou matérias divulgadas pela própria prefeitura sobre colocação de energia solar e climatização de 32 escolas. Exaltou essas ações, mas explicou que serão gastos 10 milhões e 100 mil reais apenas para colocar ar condicionado em 32 escolas, são mais de 350 mil reais por escola para colocar centrais de ar.

“O prefeito não quer garantir o recurso dos professores, porque ele quer torrar o dinheiro dos precatórios do FUNDEF, e é isso que ele está fazendo, um absurdo esses valores. Vou provocar o Ministério público. Quero todas as documentações dos gastos e investimentos na educação com esse recurso e exijo que mostrem como está sendo feito tudo isso”, disse.

Para Hermes está claro o uso do recurso em ano pré-eleitoral, onde já é garantida a pré-campanha e a prefeitura usa o dinheiro com grandes indícios de irregularidades. Por isso ele continua lutando pela derrubada do veto. Certificou aos professores presentes que haverá a votação, mas que a matéria não seria colocada em pauta na sessão desta quarta, pois se assim fosse feito, a oposição perderia, já que não havia a garantia de votos necessários.

O parlamentar nomeou os vereadores que votarão pela derrubada do veto: Maura Barroso, Irmã Telma, Ricardo Seidel, Ditola, Bebé Taxista, Adhemar Freitas Jr, Sgto. Adelino, Aurélio, Zesiel, Jose Carlos, Pedro Gomes e o próprio Carlos Hermes. Irão buscar a quebra de interstício, para que assim possam votar em caráter de urgência.

Em função disso, possivelmente a última sessão da Câmara que seria no dia de ontem, será estendida até a semana que vem, pois não chegou no legislativo o orçamento para ser votado e ainda não foi decidido o veto sobre o recurso do FUNDEF.

O parlamento não pode entrar em recesso sem antes votar o PPA (Plano Plurianual) e o LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), além disso existe também o compromisso da Câmara com a categoria dos professores, de primeiramente se discutir o veto aos 60% antes da suspensão dos trabalhos legislativos.

  • 11/12/2019
  • Sidney Rodrigues
  • Sidney Rodrigues - ASSIMP