Fábio Hernandez, Flamarion Amaral e Carlos Hermes falam do aumento sem precedentes dos casos de covid na cidade
![](https://camaraimperatriz.ma.gov.br/upload/noticias/49112.jpg)
Diante
dos acontecimentos relacionados a pandemia do coronavírus, no uso da tribuna na
última sessão da semana passada, os vereadores Fábio Hernandez (PP), Flamarion
Amaral e Carlos Hermes (ambos do PCdoB), falaram sobre a situação quase que
incontrolável, difícil e preocupante que o município está passando.
Fábio Hernandez
Expôs
principalmente o cenário da classe dos advogados, onde existem vários mortos,
outros internados, sem comorbidades, jovens e sem problemas de saúde e destacou
que Imperatriz apresenta o dobro de casos da capital. Pediu ao prefeito, a
secretária municipal de saúde, a vigilância sanitária, para que trabalhem em
função disto. A doença está novamente se alastrando, destruindo famílias. As
pessoas apresentam sintomas ontem, são internadas. Hoje vão para a UTI, já
estão entubadas e amanhã seguem para o cemitério.
“Temos
mais de 500 mil pessoas circulando diariamente na cidade e os mais atingidos
estão sendo os homens, por terem que sair para garantir o sustento de suas
famílias. A vigilância deve aumentar as fiscalizações, a SEDES fornecer cestas
básicas para quem não consegue trabalhar, a saúde conseguir mais remédios, pois
até quem tem a imunidade alta está contraindo o vírus e falecendo”.
Flamarion Amaral
Abordou
a politicagem envolvida e afirmou que boa parte torce pela desgraça da
população, para que as coisas não deem certo. Interesses econômicos colocados à
frente, enquanto milhares estão morrendo, outros não dão a seriedade necessária.
Para ele é a hora de tomar atitudes drásticas, pois até crianças estão sendo
contaminadas, já que a nova cepa agora atinge os de meia idade e quem tem histórico
saudável.
“Temos
que pedir ainda mais para que todos se protejam. Isso tem se tornado até
repetitivo, mas o inimigo é invisível e está muito forte. Sou profissional de
saúde e não me baseio só nos relatos, mas na realidade que estou vendo
diariamente nos hospitais. As medicações estão deixando de surtir efeito, essa
nova onda veio atacando a todos sem distinção. Unidades lotadas, Imperatriz é
suporte para toda a região tocatina. Nas cidades vizinhas muita gente em festas
e na hora da agonia, correm todas para cá”.
Pediu
que as pessoas tenham responsabilidade, que não joguem a culpa só em cima de governos.
Igrejas, escolas, faculdades e seguimentos que juntam muita gente, devem acabar
com as aglomerações. Chamou atenção para
o inverno que começou de verdade e que breve teremos que levar vítimas de enchentes
para ginásios de escolas; com a covid solta, o problema se tornará muito maior.
Citou
também as ambulâncias do SAMU, que de 9, apenas 2 funcionam e comparou com os
carros da guarda municipal e Setran que estão sempre nas ruas, mas a maioria
são para multar. Pede que estes sejam usados na hora da necessidade para a
saúde, pois esta é muito mais importante.
Carlos Hermes
Expressou
sua desolação com o que estamos vivendo e homenageou a todos os colegas
professores que partiram, vítimas da covid. Amigos, parentes, conhecidos que
estão perdendo a vida por conta da doença. Guerreiros, pessoas que construíram
uma grande história nas suas áreas de trabalho.
“Todos morreram por conta desse maldito
vírus e eu lamento muito pelo Presidente da República ter dito que tem 20
bilhões para o combate, mas que os laboratórios é que tem que correr atrás dele
para venderem. Ideologia não pode ser colocada acima das vidas e isso não tem
lógica nem razão. Precisamos condenar essas práticas. A logística do SUS está
toda errada e nós não podemos politizar vidas. É preciso que o governo entenda
que o país precisa de vacinas. Já são mais de 250 mil mortos”.
Para
ele as pessoas não conseguem ver a realidade nem quando são vítimas ou tem perdas
dentro das famílias. Emocionado perguntou até onde iremos com isso. Destacou
que a vida vem antes de tudo e a cepa que chegou em Imperatriz, não está
escolhendo idade, pois é uma variante diferente, mais letal que pega os jovens,
que na maioria são incautos e acham que podem levar a vida como antes.
Os
vereadores em sua maioria, pedem que os decretos sejam enrijecidos no sentido
de evitar ajuntamento de pessoas, e que o poder municipal possa usar da
autoridade que tem para maiores ações neste momento difícil.