Cobranças irregulares na tarifa de energia são denunciadas
Na Tribuna
Popular desta manhã de terça-feira, 30, última do mês de novembro, o economista
e professor Alberto Maia denunciou irregularidades observadas ao analisar a
fatura de energia elétrica da empresa Equatorial. Entre os valores apontados
como abusivos pelo economista, 11,85% do valor arrecadado com ICMS está
utilizando na base de cálculo tributos como PIS e Cofins que são ilegais.
De acordo
com Maia, a empresa está infringindo os valores referentes a cobrança da taxa
de iluminação pública que estão estabelecidos no Código Tributário de
Imperatriz e que determina que para pessoas jurídicas o valor deverá ser de
13%, porém a empresa debita 16,44%, ou seja, 4,44% acima do determinado pelo
código. A situação mais grave denunciada pelo economista é referente à soma dos
valores de Consumo, PIS, COFINS e bandeiras cobrados como ICMS e que chegam a
40,85%, bem acima da alíquota de 29% prevista.
“ No
âmbito do Estado do Maranhão nós poderemos calcular o quanto esta empresa está
lesando a nossa sociedade. De maneira arbitrária e ilegal eles estão taxando o
povo e isso passa despercebido, porque quem vê a fatura não imagina que essa ilegalidade
está sendo feita”, alertou o economista.
O vereador
Chiquim da Diferro (DEM) que solicitou a Tribuna Popular para o economista
ressaltou a importância do parlamento legislativo municipal cobrar explicações
sobre as informações reveladas por Alberto e, também, buscar realizar uma
Audiência Pública para esclarecer os fatos para a sociedade.
“ O objetivo
desta Tribuna e o pedido do Alberto Maia para que agendássemos ela era para nos
pedir ajuda para resolver esses fatos que são muito sérios e precisam ser
esclarecidos para a nossa sociedade”, afirmou o vereador.
Já o
vereador Fábio Hernandez (PP) relembrou que a cobrança dos tributos PIS e
COFINS é aplicada sobre uma base do faturamento da empresa e que já foi
discutida no Supremo Tribunal Federal e entendo pela Corte que os referidos
tributos não podem ser aplicados no ICMS. Os vereadores Flamarion Amaral
(PCdoB) e Carlos Hermes (PCdoB) frisaram que a denúncia é importante para que
as autoridades possam frear o montante alto acumulado por tantos anos pela
empresa com as cobranças irregulares apontadas.
Na
continuação dos trabalhos da Casa, foi apresentado ao plenário o Veto Total do
Poder Executivo à lei que dispõe sobre a obrigatoriedade da implantação do
sistema de vigilância eletrônica por câmeras nas escolas da rede pública
municipal. Na Ordem do Dia os vereadores discutiram, votaram e aprovaram cinco
projetos de leis, com destaque para o Projeto de Lei Ordinária n° 36/2021, que
autoriza a instituição do Banco de Fraldas Descartáveis (infantil e geriátrica),
de autoria do vereador Alex Silva (PP).
Indicações
Entre as
indicações aprovadas no plenário, destaque para a sugestão apresentada pelo
vereador e presidente da Câmara, Alberto Sousa (PDT) visando a proteção das
mulheres e que propõe a criação da Patrulha Maria da Penha, com número
exclusivo para denúncias de casos de violência contra a mulher. O objetivo da
proposta é direcionar e dar exclusividade nos atendimentos relacionados a
feminicídio, para aumentar a vigilância, a proteção e prevenir quaisquer casos
de violência das mulheres.
“ Temos
números alarmantes de mulheres sendo agredidas no dia-a-dia e precisamos unir
forças para coibir o feminicídio e trabalhar para garantir o respeito ao ser
humano na sua essência e vivermos em paz,” afirmou o vereador.