Na manhã desta sexta-feira (22), a Câmara Municipal de Imperatriz sediou uma audiência pública conduzida pela Associação Automobilística do Brasil (AAB). A entidade, sem fins lucrativos, atua na transformação da relação entre pessoas, veículos e cidades, promovendo uma mobilidade baseada em segurança, inteligência e respeito às pessoas.

Durante a audiência, a presidente da AAB, Dra. Luanda Dantas, explicou que os projetos contam com metodologia baseada em dados técnicos, mas também no diálogo com a comunidade e gestores públicos para alcançar resultados duradouros. Segundo ela, o projeto “Caminhos Seguros: entre a escola e a vida” chama atenção para o fato de que, no Brasil, ocorrem mais de 100 mil acidentes de trânsito por ano, sendo cerca de mil envolvendo crianças entre 0 e 14 anos no entorno de escolas.

A presidente também destacou que, no mundo, cerca de 500 crianças morrem diariamente em acidentes de trânsito, o que soma aproximadamente 180 mil mortes anuais. Estudos ainda apontam que as infraestruturas de países em desenvolvimento não são adequadas, fazendo com que o trânsito seja a principal causa de mortes externas entre jovens de 5 a 29 anos.

Por sua vez, o diretor do projeto Hamy (Ramã), Dr. Gumercindo Filho, apresentou a iniciativa colaborativa que visa levar atendimento em saúde com mobilidade aos povos originários. Ele ressaltou que o projeto integra soluções de telemedicina, superando barreiras geográficas e garantindo eficiência no acesso a serviços de saúde.

Caminhos Seguros para a Escola

O projeto Caminhos Seguros, da Associação Automobilística do Brasil (AAB), tem como missão garantir que crianças e adolescentes realizem o trajeto de casa à escola com mais segurança. Para isso, atua diretamente nos entornos escolares, promovendo ações de sinalização, mobilização comunitária e educação para o trânsito.

Projeto Hamy (Ramã)

O projeto Hamy (Ramã), desenvolvido em parceria com a AAB, é voltado à atenção oncológica para a população indígena do Maranhão. A iniciativa prevê uma unidade móvel equipada com mamógrafo, sala de exames e pequenas cirurgias, além de duas vans elétricas adaptadas com consultórios de telemedicina.

O projeto também prevê a instalação de 11 consultórios-contêineres de medicina nos seis polos de saúde indígena do Estado, todos abastecidos por energia solar. Esses consultórios comporão uma rede sustentável para dar suporte ao reabastecimento dos veículos elétricos, garantindo atendimento especializado e contínuo às comunidades indígenas.