Aprovado Veto do Poder Executivo à projeto sobre filas de cirurgias
Na sessão híbrida desta quarta-feira, 10, a
Câmara Municipal debateu e votou o Veto Total do Poder Executivo à Lei
Ordinária 1878/2021 de autoria do vereador Adhemar Freitas Junior (SDD) e que dispõe
sobre a publicidade das filas de espera das cirurgias eletivas na cidade. Em
votação empatada, predominou o veto do Poder Executivo.
Autor do projeto, o vereador Adhemar Freitas
Junior (SDD) lembrou do processo regimental da matéria na Casa, que recebeu
parecer favorável na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) presidida pelo
presidente Fábio Hernandez (PP) e aprovada por unanimidade em plenário.
“ A transparência na marcação das cirurgias
eletivas tem o objetivo de fazer com que o pedido do cidadão que está lá no
bairro e passa por todo o trâmite de atendimento no posto de saúde não seja
preterido por preferências políticas e outras para ser atendida essa cirurgia. Precisamos
garantir que o cidadão bata na porta do seu posto de saúde e consiga ter a
certeza que irá realizar a cirurgia sem precisar da intermediação de político
algum”, acrescentou o vereador que lamentou pela derrubada do projeto.
O líder do prefeito, João Silva (MDB) explicou
que o que estava em questão na discussão não é o mérito da matéria, mas sim o
vício de iniciativa da matéria que fere o princípio da legalidade e afirmou que
não existe dúvida sobre a importância do tema.
“Sabemos e não questionamos o mérito da
matéria, mas sim o vício de iniciativa. Essa matéria cabe ao Executivo e não ao
Legislativo. Por isso, pedimos que seja mantido o veto do prefeito”, afirmou o
vereador.
O vereador Ricardo Seidel (PSD) usou a tribuna
para manifestar o repudio ao veto sobre o projeto e salientou a pretensão da matéria
em dar transparência ao processo de solicitações de cirurgias na cidade.
“Por que não ser transparente com algo tão
simples como essa. Isso que ficamos questionando aqui. Não podemos usar a
necessidade do povo para ganho de voto, ganhos pessoais. É algo simples.
Repudio esse veto, porque é uma negativa à transparência”, afirmou o vereador.
Apoiador do projeto, o vereador Wanderson
Manchinha (PSB) lembrou que o projeto já é realidade em outros municípios brasileiros
e lamentou o entendimento do Poder Executivo ao vetar uma matéria que seria um “mecanismo
para combater a prática danosa de se usar a necessidade para benefícios
pessoais e eleitorais”. O vereador Bebé Taxista (AVANTE) também lamentou pela
mudança de entendimento dos pares ao aprovar o veto do Executivo.
Com o objetivo de conceder mais transparência no
sistema, o projeto foi para sansão do prefeito de Imperatriz, Assis Ramos, após
receber aprovação por unanimidade do plenário da Casa em votação ocorrida no
mês de setembro. Os vereadores da oposição lamentaram pela votação que derrubou
o projeto do vereador Adhemar Freitas.