Tribuna Popular debate problemas no transporte público de Imperatriz

Na manhã desta quarta-feira (11), a Câmara Municipal de Imperatriz realizou uma Tribuna Popular para discutir a situação do transporte público na cidade. O debate foi motivado pelos constantes transtornos relatados pela população, como a ausência de linhas, atrasos recorrentes e a insuficiência da frota em circulação. O objetivo da tribuna foi buscar soluções que melhorem a qualidade do serviço ofertado à população.
Durante a tribuna, o diretor-gerente da empresa Ratrans, José Gilson, explicou a estrutura da malha viária atendida pela empresa e as dificuldades enfrentadas na operação. Ele informou que a Ratrans cobre mensalmente 360 mil km no sistema urbano, distribuídos entre 14 linhas que passam por atualizações conforme a necessidade de bairros como Vila Fiquene, Santa Rita e Bacuri. “Nós cobrimos mensalmente no sistema urbano 360 mil km, e 392 km é o somatório das extensões dessas 14 linhas”, destacou Gilson.
O gestor chamou atenção para os desafios enfrentados nas vias de responsabilidade da prefeitura. Segundo ele, dos 101,7 km sob responsabilidade do município, 17 km estão com o pavimento comprometido e 7 km não apresentam condições mínimas de operação, dificultando o trabalho da empresa.
Para minimizar os impactos, Gilson apresentou algumas iniciativas adotadas, como o aplicativo “Meu Ônibus Imperatriz”, que permite aos usuários acompanhar horários e a operação em tempo real. Além disso, citou a implantação de bilhetagem eletrônica, pagamento via Pix, sistema integrado de ônibus e o estudo para uso de reconhecimento facial como medidas para modernizar o serviço.
Entre os principais entraves apontados estão a precariedade das vias, a lentidão causada por congestionamentos e o desequilíbrio financeiro do contrato de concessão. Como propostas, Gilson sugeriu a pavimentação prioritária das rotas de ônibus, a criação de corredores exclusivos e linhas interbairros, além de uma articulação entre Legislativo e Executivo para promover ações preventivas.
Entre os vereadores presentes, Rodrigo Brasmar (PSDB), Sargento Adriano (Republicanos), Rosângela Curado (PL), Alberto Sousa (PDT), Wanderson Manchinha (MDB), Whalassy Oliveira (PT) e Júnior Gama (PSD), se manifestaram sobre as declarações do representante da empresa. O vereador Whalassy Oliveira criticou a falta de resolutividade nos debates sobre o tema. “O que o cidadão quer é voltar para casa depois de um dia de trabalho. O serviço não é gratuito e, se não há condições de manter, é preciso abrir nova seleção”, declarou.
Como encaminhamento, foi definida a realização de uma audiência pública com ampla participação da sociedade civil e da imprensa para aprofundar o debate e propor soluções. A iniciativa visa fortalecer o diálogo e garantir a dignidade dos usuários do transporte público, tanto da zona urbana quanto rural, assegurando direitos básicos previstos na Constituição.