Câmara Municipal quer explicações sobre gastos com show do cantor Pablo

Câmara Municipal quer explicações sobre gastos com show do cantor Pablo

O presidente da Câmara Municipal, José Carlos Soares, confirmou que irá convidar o presidente da Fundação Cultural de Imperatriz (FCI), José Carneiro Buzuca, para prestar esclarecimentos aos vereadores, em reunião a ser agendada, sobre os gastos com o show do cantor Pablo, anunciado como principal atração na programação de virada de ano na Beira Rio. 
Segundo amplamente divulgado em blogues e no aplicativo de mensagens Whatsapp, o cachê com um dos principais nomes do arrocha chega à casa dos 300 mil reais. 
A polêmica foi levada a plenário na sessão desta quarta-feira (21) pelos vereadores Bebé Taxista, Ditola e Carlos Hermes. Os três fizeram duras críticas ao prefeito Assis Ramos alegando que o Município passa por sérias dificuldades financeiras, segundo eles especificamente na área da saúde. 
Para os vereadores, caso confirmada a informação, seria um exemplo de desperdício de recurso público e falta de compromisso com as finanças públicas.    
Em matéria publicada no site da Prefeitura no dia 19 de outubro, a Secretaria de Comunicação do Município confirma que o cantor Pablo se apresentará na virada do ano. 

Falta de transparência

Um das principais críticas dos vereadores é quanto à falta de transparência sobre os gastos com a programação, que deve incluir ainda atrações locais. "Se só com o cantor Pablo estão falando em 300 mil reais, imagino que a festança deve atingir meio milhão de reais, por aí, como todas as despesas", protesta o vereador Carlos Hermes, afirmando que "até hoje nem existem medicamentos disponíveis para pessoas com deficiência".
Bebé Taxista diz que durante o feriado, postos de saúde ficaram fechados e pacientes que precisam de remédios para diabetes e pressão alta foram prejudicados. "Pacientes que precisam de medicamentos de uso contínuo não puderam ter acesso a esse direito", revelou. "Agora, tem dinheiro para pagar um show de 300 mil reais".
Ditola, por sua vez, denuncia que não existe licitação para gastos com contratação de som, palco e iluminação e apoio logístico para uma programação musical desse porte e que faltam informações claras sobre a origem dos recursos e a planilha de custos desses eventos.  
"Queremos saber de onde irão sair os recursos e quanto, realmente, irão gastar nessa programação. Queremos saber quem será contratado para esses serviços e quanto realmente é o cachê do cantor Pablo", afirmou.

  • 22/11/2018
  • Fábio Barbosa
  • Carlos Gaby - ASSIMP