“Lei dos Bares” é de competência exclusiva da Câmara Municipal, diz vereador

Vereadores se reúnem com Comitê pela Cidadania e adiam votação

Imperatriz – A proposta de adequação da “Lei dos Bares”, prevista para ser debatida e votada nessa quarta-feira (19) no plenário Léo Franklin foi suspensa por decisão do vereador-presidente da Câmara Municipal, José Carlos Soares Barros (PTB). Ele recebeu na segunda-feira (17) em audiência integrantes do Comitê pela Cidadania de Imperatriz.

Na tribuna “Freitas Filho”, o vereador João Francisco Silva (PRB) solicitou à presidência que marque reunião com os membros da sociedade civil para elaborar a pauta de debates sobre a “Lei dos Bares”.

“Percebo que estão querendo adiar eternamente a votação desta lei, pois deveria ter sido votada na quarta-feira (12), sendo adiada pela segunda vez, porém para data ainda não definida”, pontuou ele, ao observar que a Câmara de Vereadores é o poder responsável pela criação das leis do município de Imperatriz.

Silva assinalou que se juntaram o bispo, promotor, juiz e pastor – deixando seus afazeres – no sentido de tentar influenciar a votação do projeto da “Lei dos Bares”. “Estão querendo forçar, e não é assim! Vamos ouvir o outro lado: pais e mães de família, que precisam mantê-las, mas estão sendo jogados no lixo”, diz.

O vereador, em outro trecho do discurso, enfatizou que “quem não quiser ser incomodado na terra, deveria morar no céu, pois é muito melhor que trabalhar na roça (sem desmerecê-lo) ou vender crack”. “E nas minhas costas ninguém sobe, pois quem me conhece sabe que sou temperamental – pode ter juiz, desembargador, general – digo na cara, na hora!”, arrematou.

 

João Silva diz que a “Lei dos Bares” deverá ser votada em plenária – aprovada ou reprovada --, mas terá que ser apreciada pelos 21 vereadores da Câmara Municipal de Imperatriz. “É uma situação que está incomodando a cidade. O dono da casa de evento contrata o artista, mas quando chega duas horas da manhã a polícia manda fechar, com base na lei municipal, considerada atualmente impraticável”, concluiu.

  • 19/08/2015
  • Fábio Barbosa/Assimp
  • Gil Carvalho/ Assessoria