Vereadores se posicionam sobre sofrimento da população imposto por decisões do executivo municipal

Vereadores se posicionam sobre sofrimento da população imposto por decisões do executivo municipal

Também foram destacadas as judicializações e a independência dos poderes

Na abertura do 8º período da 18ª legislatura nesta semana, houveram somente pronunciamentos. Nas falas, os vereadores tiveram discursos bem parecidos. Colocações sobre o que os imperatrizenses estão passando e o lamentável tratamento do poder executivo ao parlamento. Mesmo sendo convidado, o atual prefeito não participou nem enviou representante. 

Nas palavras dos vereadores, enquanto o parlamento busca melhorias para a cidade, o prefeito toma decisões totalmente contrárias. Já passados três anos e meio não há o que comemorar e o que se vê é uma grande correria para tentar compensar o que não foi feito durante quase toda essa gestão. Se a Câmara propõe uma lei, a prefeitura derruba. Se a Câmara veta algo contrário aos interesses da população, a prefeitura sanciona por decisão judicial. Em todas as situações, a prioridade é sempre o aumento da arrecadação, e todas as práticas já foram tentadas para maltratar o povo. 

Destacaram que no período de quarentena a grande maioria das cidades do mesmo porte de Imperatriz suspenderam ou prorrogaram impostos e taxas municipais, aqui foi o contrário. Mesmo com projetos apresentados autorizando a suspensão, todos os tributos vigoraram no momento mais forte da pandemia. O executivo tentou criar imposto sobre a coleta de lixo, tentou colocar multas em modo automático pelo monitoramento eletrônico, e agora em pleno aumento de desemprego, empresas quebrando, vai instalar a Zona Azul, cobrando por estacionamento em área pública, justo em umas das piores crises da economia e da saúde mundiais, fazendo o caminho oposto ao que a população espera e necessita. Deixaram claro que são todos a favor da organização da cidade, mas não da forma que está sendo feito.

De acordo com os parlamentares, a gestão municipal vem durante todo o mandato tentando travar o poder legislativo, preferindo usar a interferência da justiça em todas as decisões e definiram como preocupante a situação que o parlamento vem passando, onde tudo que é aprovado, é derrubado em tribunais aqui ou na capital, recebendo interferência de todos os lados, diferente dos outros municípios do Brasil. Tudo que a Câmara faz, pensando na cidade, através do seu papel constitucional, sofre intervenção do judiciário. 

“Comissão Processante, CPI da saúde, pedidos de esclarecimentos, vetos, decretos e projetos de lei não tem mais validade e o judiciário tem falado o que os vereadores devem fazer. Soa de forma estranha que tudo que se aprova é derrubado. Os poderes são divididos e precisam ser respeitados.  Imperatriz está refém de um executivo que até hoje não mostrou a que veio. Bairros abandonados, servidores perseguidos, ruas destruídas, muita truculência e falta de diálogo com as instituições. Teve a maior arrecadação da história, recebeu FUNDEF, emendas, aumento de receita. O seu discurso era de combate a corrupção, mas as atitudes foram completamente opostas”, disse Aurélio Gomes. 

O líder do governo João Silva, rebateu dizendo que Assis Ramos é um ótimo prefeito, tem se mostrado muito inteligente e tem dado uma lição para a cidade, fazendo até mais do que a população esperava dele. 

  • 07/08/2020
  • Fábio Barbosa
  • Sidney Rodrigues - ASSIMP