Carlos Hermes denuncia reajuste de passagem dos coletivos durante o recesso de carnaval

Carlos Hermes denuncia reajuste de passagem dos coletivos durante o recesso de carnaval

No uso da Tribuna na manhã desta quinta (27), o vereador Carlos Hermes (PCdoB) denuncia o que ele considera mais um presente de grego para a população de Imperatriz e apresentou um decreto feito pelo prefeito, que autoriza o aumento da tarifa do transporte público de R$ 3,90 para R$ 4 reais, durante o período de carnaval, para que não houvessem manifestações, nem reclamações da sociedade e da classe estudantil.

O parlamentar chama atenção para o valor que é mais alto que as cidades de São Luís (R$ 3,70), Fortaleza (R$ 3,60), Recife (R$3,90), Belém (R$3,60), Manaus (R$ 3,80), Palmas (R$3,85), Boa Vista (R$3,75), Macapá (R$3,70), Curitiba (R$ 3,50) e Brasília (R$ 2,70). Informa que para quem ganha um salário mínimo e depende do ônibus, deve desembolsar R$ 8 reais e se calculado ao longo do mês o preço pago só com transporte, pergunta quem vai aguentar uma situação dessas.

“Vão alegar que foram só 10 centavos, mas o cálculo do orçamento familiar é feito com a soma desses centavos durante todo o mês, além de termos uma empresa que não cumpre horário na cidade e está atuando sem licitação desde 2016, o que a desobriga de renovar sua frota. Os bairros estão completamente descobertos, a Ratrans tirou o ônibus do Bacurí e de vários outros locais. Quem precisa de coletivo, está sofrendo e o argumento é sempre que a linha não é rentável. Em vários bairros os coletivos saem lotados e a concessão pública visa não apenas o lucro, mas o atendimento de uma necessidade. Uma linha tem que cobrir a outra”, disse.

Hermes afirma que a prefeitura não tem compromisso algum com a população da cidade que realmente precisa do poder público, os que não tem veículos nem as condições para se locomoverem e que o prefeito age na surdina, não tem sensibilidade alguma nem respeito pela população, pois sabe que o transporte público não funciona e não atende as necessidades do povo. “Talvez seja a passagem mais cara do Nordeste. É a mesma empresa aqui e em São Luis, as rotas são menores, os custos são os mesmos e aqui o valor é superior à maioria das capitais, onde as viagens são muito mais longas”.

Para ele é lamentável e um absurdo, pois é necessário democratizar a riqueza e distribuir renda, mas a concentração de renda está avançando e só quem está sofrendo são os mais pobres.

  • 28/02/2020
  • Fábio Barbosa
  • Sidney Rodrigues - ASSIMP