Audiência Pública sobre iluminação pública em residências com placas solares e tarifas regulares
A Câmara Municipal de Imperatriz realizou na manhã desta
quinta-feira (07), a Audiência Pública para tratar sobre a “Iluminação
Pública", onde foram abordadas as questões relacionadas às cobranças nas tarifas
para quem produz energia própria por meio placas fotovoltaicas e as tarifas
regulares.
A Comissão Permanente de Defesa do Consumidor, Direitos
Humanos e Gênero, presidida pelo vereador Aurélio Gomes (PT), conduziu a audiência
e contou com a participação da sociedade civil que vem sendo prejudicada com o aumento
nas tarifas. Além dos vereadores, também participaram desta audiência, o superintendente
de iluminação pública, Sr. Francisco Vaz de Araújo, o engenheiro Danilo Lopes
Morais (Sup. de iluminação pública), Prof. Maia, José Luís Furtado, Jurandir da
Silva Oliveira (Sindicato dos Urbanitários), advogada Dra. Beatriz Pinheiro
(especialista em Direito Tributário). Nenhum
representante da Equatorial Energia compareceu à audiência.
“Eu fiz um estudo aqui em Imperatriz referente as contas de
energia que estão sendo cobradas, e também sobre a iluminação pública, e o que
nós conseguimos perceber é que a Equatorial está agindo de forma ilícita, e
levando em consideração a cidade e o Estado do Maranhão nós não estamos falando
de pouco dinheiro arrecadado”, disse o Dr. Reginaldo Cruz Junior, advogado tributarista.
A sociedade civil, representada por moradores, comerciantes
e empresários, expuseram suas preocupações e reivindicaram soluções. Durante a
audiência, especialistas no assunto compartilharam suas análises e
recomendações.
“Eu fiz uma representação no Ministério Público, provando
matematicamente todas as irregularidades que a Equatorial vinha cometendo. O
ICMS que ela estava tributando em cima do consumo do PIS, COFINS, e das
bandeiras. Ela retirou 4% que ela estava acrescentando em cima da iluminação
pública. Ela estava cobrando 16,44% e ela retirou, mas ela criou um artificio
para continuar lesando a sociedade. Ela criou duas tarifas unitárias, a
primeira que realmente deve considerar para calcular o consumo do cliente, mas
criou uma segunda, que hoje eu calculei e dá uma diferença de 32% que vocês
podem conferir na fatura cobrada, e que eles usam para calcular o consumo”,
relatou Alberto Sérgio Maia da Silva, o Prof. Maia.
Os vereadores ressaltaram a importância da participação da
população e lamentou a ausência da Equatorial Energia, destacaram ainda a
necessidade de uma análise minuciosa das tarifas, a fim de garantir um valor
justo e acessível para os consumidores.
“Nós temos um grupo de vereadores que já estamos estudando
caminhos para mudar a nossa alíquota de 12%, e criar um mecanismo de diminuição
que impacte na vida das pessoas, inclusive na energia solar. O município
arrecada muito mais do que ele investe por ser uma receita vinculada, ou seja,
o prefeito não pode usar esse dinheiro pra fazer ruas ou usar na saúde, ou
qualquer outro fim”, declarou o vereador Carlos Hermes.
Sobre a ausência de representantes da Equatorial na audiência,
o vereador Flamarion Amaral (PCdoB) recebeu mensagem de uma das diretoras da empresa,
dizendo que somente ontem foram informados para participar da audiência pública
e dessa forma não seria possível viabilizar a participação na audiência,
juntamente com jurídico ao qual se encontra em São Luís.
O presidente da comissão, vereador Aurélio Gomes (PT) disse
que na última reunião na Câmara com a empresa Equatorial, foram comunicados sobre
essa audiência e ressaltou que Imperatriz é o município com a maior tarifa cobrada
em todo estado.
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